quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Allons-y, Alonso!


Tem uma outra Ananda na minha sala. Isso é um acontecimento inédito, altamente improvável e que nunca mais vai acontecer. Já conhecia umas três ou quatro Anandas pela cidade, mas uma na minha sala me faz sentir um pouco como se tivesse na Twilight Zone.
O chato de ter um nome diferente é que você se sente que ele é muito seu, sabe. É fácil as pessoas te encontrarem e saberem quem você é. Sempre me senti mais singular que uma, digamos, Juliana, ou Taís. Aí chega uma outra Ananda bem na minha sala, poxa. Acho palha.

E não ajuda nem um pouco o fato de minha querida amiga (não mencionarei nomes) falar "Ananda"a cada cinco minutos só para as duas olharem e ela rir. We are not amused, Ráffila. (ops.)

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Comecei a ver Doctor Who e Torchwood de verdade esses dias. É divertido e um pouco diferente. Ingleses são estranhos, né? Estranhos e engraçadinhos. A ficção científica deles é estranha. Quer dizer, uma nave quadrado-de-polícia-azul que cresce do chão? Uma chave de fenda sônica e um cara witty e imortal chamado Doctor? Madame de Pompadour sendo perseguida por robôs-relógio e uma nave espacial? Estranho, cara.

Gosto um pouco menos de Torchwood, mas acho muito bom do mesmo jeito. E é ainda mais estranho, porque é tipo um The X-Files ou Fringe, só que gay, bem gay. É um seriado de ficção científica, a coisa mais de menino que se possa imaginar, mas... gay. Do tipo com beijo e cenas de quase-sexo. É engraçado, cara. Me dá vontade de apertar as bochechas do escritor e ficar falando "Oh, you, british people." Já sei dos spoilers do Children of Earth, mas tento não pensar muito sobre isso. Prefiro continuar vendo o Jack dando em cima de todo mundo, muito obrigada.

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Meus gostos estão muito confusos ultimamente. Não tenho mais tanta certeza do que gosto ou não gosto, do que é socialmente aceitável gostar, etc. Ainda gosto de Caio Fernando de Abreu? Já foi bom? Porque tenho tanta coisa dele? É chatice minha achar meio breguinha agora? Será que ainda tenho saco pra assistir House? E Skins? Porque fico com vergonha de gostar de alguma coisa que o ASS não gosta? Será que escuto músicas de musicais demais? Porque não consigo mais ler como antigamente? Cat Power é chato? E música brasileira? Ainda vou ouvir alguma música do Coldplay espontaneamente? Vou sempre odiar tudo que meu professor de literatura fala? São tantas, tantas perguntas.


2 comentários:

  1. Entendo esse negócio de ter um nome pitoresco (digo pitoresco pra não dizer bizarro, o que no meu caso é verdade) e encontrar homônimos. No dia em que eu encontrei uma Nadiajda no orkut, achei a coisa mais estranha do universo. Sensacional é que se você googlar meu nome, só aparecem barcos. Mas também já encontrei o tal do nome desgraçado em livros do Dostoiévski (de onde papai tirou) e do Tchekhov. Chique, né? Se russos não fossem fedidos, I mean.

    Nunca vi Dr. Who, mas tenho uma amiga que é tão maluca, mas tão maluca pela série que não consegue ver os dois últimos episódios de um dos Doctors, acho. Não entendo disso. Torchwood eu não tenho vontade de ver porque as coisas que me dizem da série me soam totalmente bizarras e quando EU acho uma coisa bizarra, é caso de se temer.

    Sobre meus gostos, eu já decidi deixar de esperar que eles sejam socialmente aceitáveis. Mas isso que você falou é verdade, depois que todos os adolescentes junkies do universo começaram a gostar de Caio Fernando de Abreu, ficou meio tenso continuar com ele entre os favoritos sociais, sabe? É uma coisa meio como ter lido Schopenhauer e Nietzsche antes de todas as pessoas do mundo começarem a citar descontextualizadamente no perfis de orkut. É tenso viver assim, não dá mais pra atestar a veracidade do "cultness" de alguém hoje em dia.

    It's a hard life : (

    P.S.: Morri de vergonha quando ASS disse no formspring dele que achava uó que chamassem Gabriel García Márquez de Gabo, porque, né, super chamo, super faço a íntima. Fail.

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  2. LUTE PELO SEU NOME, ANANDA!
    Fikdik,chics (; hahahahaha

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