sexta-feira, 31 de julho de 2009

Leggings deveriam ser exterminadas da face da terra


Comecei a malhar com minha mãe semana passada, contrariando todos os meus valores. Sim, eu comecei a malhar, e tenho um gym crush. Não, ele não é um garoto bonitinho ou um cara com mais músculos do que o meu peso total. Ele deve ter hm, o dobro da minha idade, e tem cara de homem simpático, bonito e gentil que na verdade é um psicopata, mas é bem simpático, bonito e gentil do mesmo jeito. Ou do cara awkward de meia-idade que acaba sendo o meu personagem preferido do filme. Uma coisa meio Aziraphale/Dan Dreiberg. (lol) 

É verdade.

E decidi que nunca quero ouvir ele falar na minha vida. Já basta o fato de eu ver ele numa academia, eu ficaria muito triste se ele não fosse do jeito que eu gosto de imaginar que ele seja. Minha vida é mais feliz com algumas ilusões, e o fato de estar malhando junto com um serial killer que faz tricô nas horas vagas é muito importante para mim. 

segunda-feira, 27 de julho de 2009

And how it whispered



Oh, adhere to me 
For we are bound by symmetry 
And whatever differences our lives have been 
We together make a limb.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

tick tick tick


Essas férias foram as primeiras férias produtivas de toda minha vida. Primeiro por que como já disse aqui, comemorei minhas 15 primaveras mês passado, e não quis pedir uma viagem ou uma festa. Nada contra nenhum dos dois, só não tinha pra onde viajar, e adoro festas de 15 anos. Mas só de outros. Dispenso pessoas vomitando em meus sapatos, e go go boys rebolando na minha cara. Nada pessoal. 

Então, como sou muito legal, pedi uma máquina de costura. Isso. E aproveitei o ócio e entrei num curso intensivo de Corte&Costura, durante todas as férias. Agora passo todas minha tardes com um bando de velhinhas muito adoráveis (e uma garota de cabelo laranja e vários piercings) espetando meus dedos com agulhas e cortando moldes e brigando com a máquina de costura. É bom. Eu me divirto, passa meu tempo. Recomendo. 

E o nome da minha professora é Santa Terezinha, e isso também é legal. (sim, eu me divirto com pouco)

Acho que já estou melhorando, you know, já estou na minha segunda saia, e minhas costuras já conseguem se passar por retas se você tiver um pouco de boa vontade. Já passei da fase de, sabe, hipoteticamente, costurar a barra da saia por engano ou prender o zíper ao contrário. Hipoteticamente. 

Acho que finalmente achei alguma coisa de que goste, e que realmente tenha vontade de fazer. E isso é alguma coisa. 


Momento denúncia:

Fashionistas de marcas baratas (cof cof) não se deixem enganar pela coleção do Reinaldo Lourenço para a C&A. Sei que, oh, parece tão linda pelas fotos, e é Reinaldo Lourenço, não tem como ser tão ruim. Tem. Os modelos até que são interessantes, mas os tecidos são horríveis, e o acabamento idem. Ficou tudo com cara de C&A meishmo, não adiantou anda. 
C&A, you ain't no H&M, e continuarei sonhando com dia em que uma loja daqui fizer uma coleção com a Comme de Garçons.

(Em compensação achei um casaco lindo nas araras das roupas devolvidas, PP, 60 reais. É marrom, todo de bolinhas, e não estou acreditando até agora. Também comprei um vestido bem mulherzinha do jeito que gosto, uma pólo listrada e uma blusa com uma gola alta e renda, preta. Uma coisa meio Virgens Suicidas encontra Emily the Strange.)

terça-feira, 21 de julho de 2009



História da minha vida.

sábado, 18 de julho de 2009

where the wild things are





Esse filme tem tudo para ser o meu favorito de todos os tempos. Apenas ignorem a apresentadora estúpida no início.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

we knew the girls were really women in disguise


Eu nunca tive uma revolta com o fato de ser mulher. Nunca quis ser um dos garotos, garotos fedem. Garotos fedem e arrotam os nossos nomes no ritmo do hino nacional.

Desde que me lembro eu gosto de ser mulherzinha. Gosto de rosa, de vestidos bonitos, laços, sapatos, maquiagem, esmalte, cabelos, fru frus, pérolas. Algumas mulheres dizem que isso é imposto nas nossas vidas, e que blá blá blá blá repressão blá blá blá sexismo, mas dane-se, eu gosto. Eu poderia usar calças jeans e camisetas todos os dias da minha vida, se quisesse. Mas não quero. Entendo todo o ponto de vista do conforto, mas não consigo me imaginar como uma dessas pessoas que dizem que o seu estilo é "jeans, tênis e camiseta". Tenho calafrios só de pensar, ó.

Eu gosto de me sentir bonita, e sinceramente não vejo o problema que tanta gente vê nisso. É saudável, eu juro que é. 

O problema são algumas coisas que vem associadas às mulheres (tãdã). Não gosto de histeria. Não gosto de sentimentalismo demais, de choro demais, de sensibilidade demais. As pessoas tem que ser um pouco insensíveis, senão ficam chatas. Não gosto muito da obsessão por romantismo. Ou do nojinho excessivo. Não gosto de como algumas ignoram coisas divertidas apenas por serem divertidas. Não gosto de feministas em geral. Acho muito bem que a gente podia trocar todos nossos hormônios por sapatos Louboutin e luvas de seda e filmes de zumbi. Tiaras, good, quebrar um vaso na parede enquanto grita que NUNCA MAIS QUERO TE VER, DESGRAÇADO, bad.

Porque é isso que eu admiro nas mulheres- como a gente pode, com muita graça e naturalidade, ler revistas de fofocas dando sua opinião sobre cada pessoa nela e depois ir jogar Halo 3. São anos de prática, já digo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

we accept, we accept you, one of us, one of us


Existem alguns tipos de pessoas que simplesmente não suporto, mas tenho minhas exceções. Por exemplo: Little Silver Bones é a única pessoa que consegue pull off o estilo sensível e insightful e esquisito e andrógino sem me irritar. É lógico que algumas fotos dele tem todo aquele ar de adolescente gótico, mas algumas são muito bonitas. Acho que ele é andrógino na medida certa, sabe, sem parecer um travesti. E até o journal dele, que tem espaços demais e vírgulas demais- eu consigo ler e achar interessante.

(ou talvez aqueles ombros magros apenas me comovam, quem sabe)

Assim como a Amanda Palmer é a única cantora bizarra que realmente gosto, apesar de ainda não ter me recuperado da notícia de que ela está namorando o Neil Gaiman. É como se o seu pai começasse a namorar uma mulher legal, mas estranha. Ela é legal, mas mais do que tudo, bem, ela é estranha. 

A Kristin Chenoweth é a única pessoa que pode gravar um CD especial de natal e ainda assim me fazer gostar dela, O Chris, de Skins, é o único adolescente idiota viciado em pílulas que gostaria de conhecer e Sumomo Yumeka é a única autora de mangás românticozinhos que parece ser talentosa.

E o meu avô é a única pessoa de extrema-esquerda e fã do Lula que ainda assim consegue ser uma das melhores pessoas que já existiram.