Eu nunca tive uma revolta com o fato de ser mulher. Nunca quis ser um dos garotos, garotos fedem. Garotos fedem e arrotam os nossos nomes no ritmo do hino nacional.
Desde que me lembro eu gosto de ser mulherzinha. Gosto de rosa, de vestidos bonitos, laços, sapatos, maquiagem, esmalte, cabelos, fru frus, pérolas. Algumas mulheres dizem que isso é imposto nas nossas vidas, e que blá blá blá blá repressão blá blá blá sexismo, mas dane-se, eu gosto. Eu poderia usar calças jeans e camisetas todos os dias da minha vida, se quisesse. Mas não quero. Entendo todo o ponto de vista do conforto, mas não consigo me imaginar como uma dessas pessoas que dizem que o seu estilo é "jeans, tênis e camiseta". Tenho calafrios só de pensar, ó.
Eu gosto de me sentir bonita, e sinceramente não vejo o problema que tanta gente vê nisso. É saudável, eu juro que é.
O problema são algumas coisas que vem associadas às mulheres (tãdã). Não gosto de histeria. Não gosto de sentimentalismo demais, de choro demais, de sensibilidade demais. As pessoas tem que ser um pouco insensíveis, senão ficam chatas. Não gosto muito da obsessão por romantismo. Ou do nojinho excessivo. Não gosto de como algumas ignoram coisas divertidas apenas por serem divertidas. Não gosto de feministas em geral. Acho muito bem que a gente podia trocar todos nossos hormônios por sapatos Louboutin e luvas de seda e filmes de zumbi. Tiaras, good, quebrar um vaso na parede enquanto grita que NUNCA MAIS QUERO TE VER, DESGRAÇADO, bad.
Porque é isso que eu admiro nas mulheres- como a gente pode, com muita graça e naturalidade, ler revistas de fofocas dando sua opinião sobre cada pessoa nela e depois ir jogar Halo 3. São anos de prática, já digo.
É ótimo como a gente pode também assistir filmes de zumbis, de corrida de carros, jogar poquêr e falar palavrão e continuar lindas e maquiadas, muito obrigada.
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