terça-feira, 22 de setembro de 2009

to infinity and beyond


Então, UP. A princípio a sinopse não fez muito sentido, but who cares. É um filme com Pixar, balões, velhinhos rabugentos e escoteiros gordinhos. Não tinha como dar muito errado, e nem deu.

Deu tão absolutamente certo, aliás, que foi o único filme da história dos filmes que me fez chorar nos primeiros 10 minutos. E muito. A primeira cena, com o documentário em sépia e explorador de bigodinho é engraçada de um jeito muito charmosinho, assim como o Carl gordinho conhecendo uma Ellie banguela e descabelada. É tudo muito fofo, tudo muito nho nho nho, até chegar na próxima sequência. A Pixar é ótima em contar histórias, e acho que só ela conseguiria contar umas das histórias mais bonitas ever em 5 minutos, e sem diálogo nenhum. Você realmente entende o relacionamento dos dois, sente o amor e a tranquilidade do casamento, tudo em cinco minutos. É mais conexão com os personagens do que na maioria dos filmes.

E lendo algumas reviews achei várias pessoas reclamando (como sempre) e encontrando problemas que não existem (como sempre), mas uma coisa me irritou mais. Li em alguns lugares que achavam um desperdício que a personagem da Ellie, que oh, tão destemida quando criança, tão tomboy e espontânea, se casasse e se contentasse com essa vida medíocre de casada. Calma. Antes de tudo, achei que uma das mensagens do filme era que é ok não realizar todos os seus sonhos. E que, depois da cena que mostra o casamento dos dois, ficasse mais claro do que qualquer coisa a absoluta felicidade dos dois, Ellie inclusa.

É sempre bom realizar seus sonhos de criança, sabe. Mas também é ok isso não acontecer. As vezes as nossas perspectivas mudam- como mudaram com a Ellie. Ela sempre quis uma aventura, e não podendo ter a maior de todas, contentou-se com uma casa bonitinha e um trabalho que gostasse. Ela gostava de como as coisas eram, e isso não faz dela menos forte, legal e espontânea. É lógico que ela sonhava com a viagem para a América do Sul, mas como um sonho de criança, uma coisa maravilhosa e altamente improvável.

E às vezes isso basta. Às vezes as pessoas apenas são felizes, e isso não devia ser um problema.




4 comentários:

  1. Estou doente pra ver esse filme, ok? Doente. Louca pra São Paulo parar de se inundar a cada santo dia preu poder ir ver. Aí volto e comento com propriedade.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Eu sou doente por esse filme.De longe,minha animação favorita.

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