terça-feira, 6 de julho de 2010

Férias? Férias.


Assim como as férias do ano passado foram produtivas e radiantes com a nova descoberta de um possível interesse, essas férias serão lentas. Introspectivas. Inúmeros outros adjetivos que não consigo pensar no momento. Quase como um retiro espiritual.

Aliás, é de alguma surpresa o fato de ter abandonado o curso de costura? Não? Não. Bom. Já imaginava. Mas foi bom e me fez perceber que não, o mundo da moda não é para mim. Ou o da coordenação motora. Também foi reconfortante saber que ainda consigo me interessar profundamente em algo para ficar com preguiça meses depois e ir mexer no tumblr. Yay.

Quanto ao projeto para essas férias, ele se baseia na tríade Livros-Seriados-Filmes. Com um pouco de fome voluntária, exercícios, visitas a psicólogos estranhos, aulas de reforço e busca pelo meu eu interior.

Eu não sei quanto a vocês, mas minhas férias serão absolutely thrilling. Fine and dandy.

domingo, 9 de maio de 2010

if it's on teh interweb, it must be true


A internet te acostuma muito mal. Supomos que você tenha algumas regras na internet. Você não fala com pessoas com quotes de músicas do McFly no msn, ou com fotos ridículas no orkut. Você despreza quem coloca fotos de filmes ruins no tumblr ou goste de blogs chatos. Os seus pet peeves vão ficando cada vez mais específicos e elaborados. É muito mais fácil encontrar pessoas parecidas com você na internet; todo o resto é um bando de bobocas.
Na vida real você simplesmente não tem essa opção. Você faz amizades, e as pessoas são muito mais complicadas. É difícil saber a opinião delas sobre tudo que importa, ou se elas fazem as coisas direito. As suas regras não fazem mais sentido. Você pode conhecer uma pessoa legal, aparentemente certa, sabe, e nunca saber que ela coloca frases de Um Amor Para Recordar no profile. Ou um garoto bonitinho que escreve errado.

É difícil, essa tal de vida real. A internet é grande uma lista de DO's e DON'T's, e é o mais fácil assim.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

duh.


Sempre preciso de mais coisas pra me distrair. Não importa que tenho uns 5 livros pra ler, hoje choraminguei até minha mãe comprar um livro pro Lovecraft pra mim. Posso ter mais de trinta episódios de vários seriados para assistir, estou sempre, sempre começando outros. Esses dias fiquei encubida de escrever um roteiro de um curta para a aula e inglês do colégio. Todo dia o meu grupo me pergunta se ele está pronto, e eu sempre respondo que faltam só uns retoquezinhos e umas cenas bobas, sabe, nada demais. E que está ficando ótimo. Uma obra-prima. O que é parte verdade, mas só na minha cabeça. Ainda não comecei a escrever, estou ocupada demais vendo Doctor Who e Twin Peaks. E lendo os livros que tenho pra ler. E fazendo qualquer coisa, menos escrevendo o maldito roteiro.O que fazer num momento desses, vocês me perguntam?

Criar um twitter, duh.


Ps1: Sim, o cabelo ficou bonitinho, obrigado pelos comentários de apoio. (: Tenho cara de uns 10 anos, agora, e o meu professor de história conversou comigo por uns 5 minutos antes de me reconhecer.
Ps2: Não, não sei como já consegui finalizar alguma coisa na minha vida. Ou se isso já aconteceu alguma vez.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

gentlemen prefer blondes


Às 2:30 de amanhã o cabelo loiro terá ido embora. Pluft. Gone. Vanished. Voltarei ao castanho original e estou com sentimentos muito diversos sobre isso.

Meu cabelo está bem destruído, depois de mais de 2 anos (sim) de descolorações e tinturas e neutralizações e etc etc etc ad infinitum. Da última vez que descolori, aliás, o meu cabelo caiu descontroladamente por uns dois dias. Pura felicidade e expectativa de ficar careca.

É meio brega dizer, mas acho que criei uma ligação sentimental com o loiro. Cabelo pode não fazer muita diferença na vida de uma pessoa, exceto quando você tem 13 anos e, hm, 5 amigos. Aí acho que faz um pouquinho de diferença, aparecer com o cabelo loiro de um dia pro outro.

Por mais que o cabelo loiro seja bastante eu, acho que será uma boa mudança voltar à minha cor natural. Acho que posso ser bem eu sem ter que descolorir ele de 15 em 15 dias e usar cremes sem fim.

Não vou sentir falta de ser chamada de galega e variados na rua, mas vou sim, sentir um pouco de falta do meu cabelo loiro-levemente-ofensivo que alcancei ao longo desse anos. Foi divertido.



domingo, 25 de abril de 2010

Accept the mistery.


Minha identificação com o tema de Um Homem Sério é maior do que gostaria. Assim como no filme, eu tenho a sensação de que nunca, nunca entendo o que está acontecendo. A minha reação quando me dizem alguma coisa importante é sempre na linha do "wha- what? why?". E como diz o Larry, mesmo que você não tenha certeza de nada (o que você nunca vai ter), ainda vão te cobrar isso na prova. O que no caso seria a prova da vida, or something.

Eu tento não me importar com o fato de nada nunca fazer sentido e todo mundo menos eu ser louco, mas é difícil. O porquê das coisas ainda me satisfaz mais do que sei lá, a simples e pura existência delas. Aquela história do rabino, por exemplo, me doeu no coração. Eu só quero respostas, meu Deus, não histórias sobre mensagens em dentes de goys.

O conselho do pai do aluno coreano é meu novo lema. Eu estou tentando, sabe, accept the mystery, mas ainda tento entender o quê diabos aqueles dentes significavam.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

Obrigada, Buddy.


Passei pela Zara com umas amigas outro dia e enquanto elas foram direto para a área adolescente eu fiquei rodando entre a área infantil e a de senhoras. E isso basicamente explica o meu ~~**estilo~`**.

A linha que separa os dois tipos de roupa é bem mais tênue do que deveria, aliás. Meio termo e modernidade, vocês não me pertencem.

(Tenho sorte do Buddy Holly sempre elogiar minhas escolhas, tho. Ele sempre me diz que sou uma mistura de Annie e Bea Arthur com uma pitadinha de cantora indie.)

Obrigada, Buddy.



You're so squaaaaaaare (BABY I DON'T CARE)


terça-feira, 6 de abril de 2010

are you the doctor?


Eu me sinto meio culpada quando sou injusta com objetos inanimados. Não consigo colocar um livro meu em cima da mesa sem colocar outro que acho tão bom quanto do lado dele, porque coitado, ele iria se sentir magoado. Quando arrumo meus bonequinhos na minha estante eu tento não deixar nenhum deles muito afastado ou atrás de todos os outros, mas algum deles sempre me parece meio miserável (o Jack Skellington, normalmente).

Agora uma pergunta: como uma pessoa que se culpa pela infelicidade de suas canetas se sente vendo Doctor Who?

Muito, muito mal.

Não que eu fique triste com as coisas trágicas que acontecem per se (tá, eu fico.). Mas é que o fato de eu ficar empolgada e toda amorzinho com um novo Doctor me faz sentir menos leal ao antigo. Aconteceu do Nine para o Ten, e agora do Ten para o Eleven. O sentimento piorou depois do primeiro episódio dessa nova temporada, que foi awesome. Toda vez que eu olho uma foto do Ten no tumblr eu vejo aqueles olhos me julgando, poxa. Me sinto como uma menina indie que desiste de sua banda preferida porque uma mais nova e ainda mais indie apareceu.

Não sei como as pessoas conseguem lidar com esse sentimento por mais de 40 anos e por 11 Doctors diferentes. É muito investimento emocional, cara. Tenho dois, quase três, e não sei mais o que fazer com eles.

quinta-feira, 25 de março de 2010

i'm going to live as like a narnian as i can even if there isn't any narnia





E depois de todo o sofrimento e mil pontos onde antes havia uma pinta feiosa, a dermatologista olha pra você e diz "Tudo bem, nem vai ficar cicatriz."


quarta-feira, 10 de março de 2010

to boldly go where no ananda has gone before


Achei um meme bonitinho chamado I Surrender outro dia no Livejournal. Várias pessoas deixam um prompt qualquer na comunidade e alguém escolhe um prompt e transforma isso num projeto de série de televisão, com um plot, personagens, atores e tudo mais. Divertido, inútil e fofo, ou seja, eu quero. Dois prompts em especial me seduziram:

"In the big city library, what happens when the lights go out?"

e

"A fictional city that is alive and can interact with the people living in it."

Meio que tenho ideias (é feio ideias sem acento, né, mas já acostumei) sobre os dois, mas coisa bem besta, vou demorar algums dias pra pensar nos personagens e atores ideais e backgrounds pra todo mundo etc etc etc. Não acho que tenho imaginação suficiente pra fazer os dois, então, caros leitores, qual acham mais interessante e full of whimsy? Qual seriado inventado por uma menina entediada de 15 anos vocês assistiriam? Discorram.

terça-feira, 2 de março de 2010

If I had the chance I'd ask the world to dance


Sabe quando o Holden diz no Apanhador no Campo de Centeio que toda vez que alguma garota faz alguma coisa bonita ele se apaixona um pouquinho por ela? Eu me sinto assim esses dias, meu coração se enchendo de ternura cada vez que um garoto faz alguma coisa bonita ou boba ou fofa.

Acontece quando descubro que um garoto consegue cantar todas as músicas de Alladin, ou quando ele sabe frases de Zoolander. Acontece toda vez que vejo um cara de sweater vest na rua. Quando algum amigo me beija na testa, ou no nariz - eu me apaixono um tiquinho por eles. Toda vez que algum garoto me olha meio tímido (porque os garotos não olham meio tímidos para ninguém esses dias?), mesmo que ele não seja muito bonito, uma parte de mim gosta dele.

(Nunca tenho arroubos de paixão por ninguém, são sempre esses amores pequenininhos, que normalmente passam em alguns minutos. As pessoas não conseguem ser tão amáveis por mais que isso.)

-

Hoje, aliás, fui pagar uma conta para minha mãe na faculdade onde meu colégio é integrado, e a caminho da tesouraria passei por um garoto, moço? Não sei, devia ter uns 18, 19 anos. Ele estava sentado num banco na frente da praça de alimentação, e suas pernas eram longas e magrelas demais para seu corpo. Ele não era bonito, you know, tinha aquele rosto de garoto muito novo num corpo grande demais pra ele. Então, esse moço (vou chamá-lo de, hm, Teobaldo a partir de agora), ou Teobaldo, está sentado na posição mais ridiculamente casual já conhecida pelo homem. Teobaldo usa uma roupa meio formal, sapato de couro e um paletó, e ele tem um cigarro atrás da orelha. Aí eu passo na frente dele, né, e ele simplesmente tira o cigarro de trás da orelha e acende. Mas ele faz isso de um jeito tão pomposo e dramático, com tanta fleuma em seu ser, e a cena é tão ridícula - que eu juro que naquela hora eu me apaixonei um pouquinho por ele.

God bless you, Teobaldo, e seus tornozelos magrelos. God bless you.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

livros usados are AWESOME


(Encontrado em um uma edição usada de Correntes do Espaço, de Isaac Asimov)

Endereço de cristo
Avenida do amor
Edifício da esperança
Nº da generosidade e doação
Elevador da fé
Sala da húmanidade [sic]
Bairro da alegria
Cidade do Reino de Deus
Codigo Postal- Evangelho
Telefone- vida sacramentada
País- coração dos homens.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ozymandias se orgulharia.


Meu cabelo está parcialmente lilás. Foi um completo acidente envolvendo violeta genciana demais, ambição por um cabelo branco e pouco creme. Um erro da matrix fez com que ao invés dele ficar todo manchado num tom de roxo-gótico, mechas perfeitinhas e clarinhas aparecessem.

Me like it. Queria ter fotos bonitas dele assim, provavelmente vai sair em uma semana e não vou ter a habilidade para fazer de novo.



E seguindo o resto dos updates sobre a minha vida, acho que vou participar do SiNUS esse ano. É uma simulação desses encontros de países para alunos do Ensino Médio. Não é uma coisa que eu faria normalmente, mas fiz uma mini-lista mental de prós e contras (ou só dos prós, na verdade) que é a seguinte:

-Usar roupas sociais durante uma semana
-Irritar os nerds que também foram indicados
-Irritar os nerds de outros colégios e estados nos debates
-Treinar meu inglês
-Usar todo meu conhecimento de filha de presidente de ONG/Hippies para o mal
-Defender algo por qual não tenho o mínimo interesse
-Fingir que sou o Adrian Veidt em qualquer momento possível.

A lista tem mais alguns itens sobre os nerds, mas todos envolvem esmagar os sonhos deles enquanto sou bem gentil e cordial ou algo do tipo. Achei melhor não incluir.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

da arte de se comunicar por GIFS


Ananda durante as férias:
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Ananda após o início das aulas:
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A partir de hoje só atendo por Dona Marocas. Grata.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

“I’m home,” my heart sobs in my veins


Coisas que fiz hoje (em ordem):

-Falei "alons-y, Alonso!"
-Fiquei brava.
-Li um pouco de Little Nemo.
-Vi um homem de saia longa na rua. Não era um travesti. Era um hippie, acho.
-Descolori meu cabelo todo.
-Ganhei um picolé. Um caro.
-Fiquei brava de novo.
-Simulei um comecinho de choro, aí virei macho de novo e parei.
-Voltei ao meu cardápio triste de dieta. (man up, Ananda.)
-Fiz pin curls (tortos) e coloquei um lenço de seda na cabeça.
-Me inscrevi de novo no coral do colégio.

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Decidi usar salto alto em todas oportunidades possíveis. Dizem que só se aprende através da dor, e não consigo pensar em nada que eleve mais espiritualmente do que a dor de um pé após um dia de salto fino. É a combinação perfeita de estética, penitência e auto-controle. Melhor que um cilício, e mais bonito.

(Ps: Fui pesquisar sobre o cilício, já que não lembrava o nome direito. Escrevi Sísifo. Ah, velha mitologia grega, pregando peças no meu subconsciente. Aí lembrei do nome certo e fui para a página do wikipedia, onde descobri que um dos maiores exportadores de cilícios foi o Convento das Carmelitas Descalças de Santa Teresa. Haha. Esse tipo de coisa sempre me deixa mais feliz.)



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Allons-y, Alonso!


Tem uma outra Ananda na minha sala. Isso é um acontecimento inédito, altamente improvável e que nunca mais vai acontecer. Já conhecia umas três ou quatro Anandas pela cidade, mas uma na minha sala me faz sentir um pouco como se tivesse na Twilight Zone.
O chato de ter um nome diferente é que você se sente que ele é muito seu, sabe. É fácil as pessoas te encontrarem e saberem quem você é. Sempre me senti mais singular que uma, digamos, Juliana, ou Taís. Aí chega uma outra Ananda bem na minha sala, poxa. Acho palha.

E não ajuda nem um pouco o fato de minha querida amiga (não mencionarei nomes) falar "Ananda"a cada cinco minutos só para as duas olharem e ela rir. We are not amused, Ráffila. (ops.)

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Comecei a ver Doctor Who e Torchwood de verdade esses dias. É divertido e um pouco diferente. Ingleses são estranhos, né? Estranhos e engraçadinhos. A ficção científica deles é estranha. Quer dizer, uma nave quadrado-de-polícia-azul que cresce do chão? Uma chave de fenda sônica e um cara witty e imortal chamado Doctor? Madame de Pompadour sendo perseguida por robôs-relógio e uma nave espacial? Estranho, cara.

Gosto um pouco menos de Torchwood, mas acho muito bom do mesmo jeito. E é ainda mais estranho, porque é tipo um The X-Files ou Fringe, só que gay, bem gay. É um seriado de ficção científica, a coisa mais de menino que se possa imaginar, mas... gay. Do tipo com beijo e cenas de quase-sexo. É engraçado, cara. Me dá vontade de apertar as bochechas do escritor e ficar falando "Oh, you, british people." Já sei dos spoilers do Children of Earth, mas tento não pensar muito sobre isso. Prefiro continuar vendo o Jack dando em cima de todo mundo, muito obrigada.

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Meus gostos estão muito confusos ultimamente. Não tenho mais tanta certeza do que gosto ou não gosto, do que é socialmente aceitável gostar, etc. Ainda gosto de Caio Fernando de Abreu? Já foi bom? Porque tenho tanta coisa dele? É chatice minha achar meio breguinha agora? Será que ainda tenho saco pra assistir House? E Skins? Porque fico com vergonha de gostar de alguma coisa que o ASS não gosta? Será que escuto músicas de musicais demais? Porque não consigo mais ler como antigamente? Cat Power é chato? E música brasileira? Ainda vou ouvir alguma música do Coldplay espontaneamente? Vou sempre odiar tudo que meu professor de literatura fala? São tantas, tantas perguntas.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

baby come back, tchu ru tchu tchu tchu pa

Blog abandonada às moscas, eu sei, eu sei. Tumblr está consumindo lentamente a minha alma, com seu quotes bregas e fofos e fotos de garotas magras demais. Eu sofro muito mais com a queda da minha tumblarity do que a minha falta de posts aqui, sinto muito.

Mas sei lá, apenas transferi a obsessão. Quem sabe daqui algum tempo algo me inspire a escrever mais? Eu vou pintar meu cabelo de rosa, talvez. Deveras inspirador e Marie Antoinette-esque.

Enquanto isso não acontece (horror dos horrores), perguntem-me coisas no formspring. Me entristece a falta de perguntas sobre minha virgindade e etc etc etc.

http://www.formspring.me/anandap